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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Plenitude de vida: amor em família!

Minha história de vida como homem casado se confunde com a de tantos outros homens cujas histórias já escutei: namoro de adolescente confuso, decisão contundente, lutas por amor e conquistas ao lado da mulher.

Na prática: saí do seminário com 17 anos. Comecei a namorar a Angela por desejo e ela porque encontrou um príncipe (aos olhos dela). Ela me perguntou se eu pensava em casamento e eu disse que não: primeira decepção! Depois de dois meses eu já pensava em terminar. Mas aí alguma paixão me segurou! Depois de dois anos nos separamos e eu procurei outras garotas. Voltei para o seminário. Com 20 anos eu decidi que queria casar. Procurei a Angela e depois de 6 meses noivamos. Construímos nossa vida. Sonhamos juntos a nossa casa, nosso lar, nossas filhas! Aprendi a amar aquela menina que se tornou minha mulher!

Vivemos muito: 3 filhos, sendo que o último faleceu no seio materno e levou nosso coração a Deus! A notícia da síndrome da Ane quando ela tinha ainda 11 meses. Toda dor que ainda hoje sentimos pelas frustrações de expectativas. Toda alegria que ela nos dá! Toda certeza que temos com a Laís. E também nossos medos. Nossa pouca fé! Nossa busca incessante por ajudar. Nosso trabalho na Pastoral Familiar e com os noivos que se preparam para o Sacramento do Matrimônio. Já são 15 anos desde nosso primeiro beijo e estamos completando 10 anos de casados!

E nunca antes nestes 10 anos tive tanta vontade que este nosso casamento seja eterno! Quero viver tudo e todo o possível com a Angela porque ela me completa!

Todo ser humano quer viver em plenitude, encontrar sua complementaridade. E Deus nos fez para sermos completos ao lado de alguém que é nosso oposto e que é capaz de nos impulsionar para dentro de nós mesmos e tirar de lá tudo o que somos para sermos um só com outra pessoa, muito diferente de nós mesmos: um homem e uma mulher. Dois indivíduos que se unem numa relação santa de cumplicidade, paixão, doação, dor, alegria, sorrisos, paz! Amor pleno!

A Angela é meu anjo! Eu tenho um anjo que me protege. Minha própria costela, tirada de mim e sobre a qual eu digo a Deus como em Gênesis 2, 23: “Desta vez sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne!” Eu sinto o seu braço em torno do meu coração me protegendo, me guardando e dizendo: vai em frente, deixa teu coração bater e tua vida surgir porque estou aqui para te completar! Juntos somos um e estamos fazendo a experiência de Deus num amor pleno em família, com todas as dificuldades que qualquer família tem. Com brigas e perdão! Com discussões, momentos difíceis e momentos de diálogo e compreensão! Com todas as nossas fraquezas e com todas as nossas forças.

Eu tenho um lar e quero chegar na plenitude da vida com plenitude no amor da minha família!

Paulo Cesar Starke Junior