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sábado, 29 de dezembro de 2012

Ane está em casa

Queridos amigos em Cristo Jesus

Ontem a Ane voltou para casa. Após 26 dias internada, sendo 24 na UTI, nossa princesa número 2 está conosco em nosso ninho novamente.

Foi muito difícil tudo o que aconteceu, mas Deus cuidou de cada momento. E nos momentos mais dolorosos sentimos o conforto da presença espiritual de vocês. Agradecemos do fundo de nossa alma!

Logo ela vai conseguir andar e correr e sorrir para todos vocês, como sinal de Deus que ela sempre foi! E mais uma vez ela vai nos unir!

Em todo este tempo também rezamos por cada um que rezava pela Ane e por nós. E sabemos que foram muitas, muitas pessoas. Assim, queremos mais uma vez rezar por todos nós:

- Sábado, dia 29 - vamos à Missa render graças a Deus pela Vida e recuperação da Ane.

Domingo, dia 30 - à noite vamos rezar um terço por todos os Schoenstattianos de Curitiba, pelos membros da Pastoral Familiar de nossa Arquidiocese, pelos nossos irmãos de comunidade da Paróquia Sr. Bom Jesus do Portão e por todos os outros de Curitiba que caminharam conosco neste mês.

Segunda, dia 31 - à noite vamos rezar um terço por todos os Schoenstattianos de Londrina e demais cidades do Paraná que rezaram por nós, pelos nossos familiares e amigos de Ponta Grossa e todos os nossos conhecidos do Paraná que se uniram a nós.

Terça, dia 01 - à noite vamos rezar um terço por todos os Schoenstattianos do Rio Grande do Sul e de São Paulo, e demais pessoas que fizeram conosco esta Via Crucis.

Convidamos todos que quiserem e puderem a se unirem a nós nesta oração.

Vocês são caros para nós por tudo que por nós realizaram.

Gratos, com a nossa benção e intercessão,

Paulo Junior, Angela, Laís, Ane, Maria e nossa Doce Luz

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Natal Real

Natal não é só um momento de confraternização e reconciliação, de bondade e de proximidade. 

O amor nascido com o Natal não é um amor finito como é Papai Noel (que só está presente no Natal) e que nos remete a um amor romantizado, idealizado e de festa passageira. 

O amor nascido com Jesus é um amor a serviço, um amor-doação a ponto de entregar a vida, só por amor, como fez Maria e como fez sublimemente Jesus. É amor que faz uma grávida ir servir outra grávida; é amor que faz um homem adotar um filho; é amor que faz uma família toda sair de sua terra para proteger seu filho; é amor que faz reis adorarem o próprio Deus que se fez menino, que se fez pequeno para ser compreendido por nós.

É um amor que gera uma grande festa em nossa vida toda, porque é um amor capaz de nos fazer crescer como homens e mulheres e nos impulsiona para além de nós mesmos, onde encontramos nossa plenitude de Ser: no outro onde habita Deus. E esta festa dura o ano todo, até o momento de morrermos e ressuscitarmos com Jesus na Páscoa. 

Substituir Jesus por Papai Noel é tornar o Natal uma festa passageira, de celebração familiar pelo ano que passou. É coerente com o mundo secular e as ideias relativistas que imperam hoje.

Natal regado à bondade passageira de Papai Noel é uma festa infecunda como são o machismo e o feminismo atuais: importa a beleza da mulher e não a maternidade; importa o sucesso pessoal e não a realização do outro; importa o indivíduo sentir-se bem e não a Vontade de Deus. 

Natal só com Papai Noel é bondade que se esvai no dia 26/12; Natal com Jesus é bondade que morre e ressuscita diariamente em cada momento de vida que geramos. Papai Noel pode e deve estar presente no Natal-fantasia, mas como figura real do próprio Pai Celeste que nos dá seu Filho de presente no Natal-real, Filho que vai estar absolutamente próximo de nós na sua morte, assim como Maria está absolutamente próxima de Jesus e de nós ao pé da Cruz. 

A bondade do Natal é fecunda se é o início de nossa caminhada para fazermos a Vontade de Deus como Cristo a realizou! Feliz seremos se realizarmos a Vontade de Deus em tudo e em cada momento!

Natal é uma grande oportunidade para nós adultos nos perguntarmos: estou atento para ouvir qual é a Vontade de Deus?

Paulo Cesar Starke Junior

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Doação de Sangue: reposição para a Ane

Olá a todos! Minha filha Ane Caroline Starke está recebendo do HEMOBANCO, em Curitiba (www.hemobanco.com.br), Plasma e Crio. É muito bem vinda a reposição do sangue recebido por ela. Você pode procurar o Hemobanco de segunda à sabado para doar. Se ainda não é doador, comece agora. Se é, dê o nome da Ane no momento da doação no Hemobanco. Fica na Rua Capitão Souza Franco, 290 - Bigorrilho. Fone 41-3023-5545. Para saber mais sobre doação de sangue, visite o site do Hemobanco.

 Sobre a Ane, hoje completam-se 16 dias de UTI. Continuamos cheios de esperança que logo ela estará correndo e sorrindo como sempre fez para iluminar a vida de cada um de nós!

 A Ane sempre teve um "que" que encanta todos que se relacionam com ela. Ela nos une, e como disseram o Ricardo e a Franciane ontem para nós, mesmo neste momento ela continua nos unindo!

Paulo Cesar Starke Junior

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Benção

Muitas pessoas dizem que pais de crianças com limitações são especiais e por isso ganharam um filho ou uma filha com uma Síndrome como a de Angelman. Dizem: é uma benção! Deus dá a cruz que cada um pode carregar. Todavia, grande parte destas pessoas diz isto porque na verdade tem medo de enfrentar problema parecido.

É como dissessem: eu não poderia viver situação parecida! Não estou preparado! Não sou capacitado. Vocês sim! Vocês são!

Concordo que são uma benção, mas gostaria que só falassem se realmente pensam: "são um bem para os pais, fazem crescer, lutar, superar os próprios limites. Seria um bem para todos se pudessem enfrentar situação parecida".

Ser uma benção não quer dizer que é bom, mas que é um bem para nós. É como o esforço que precisamos despender para conquistar algo que queremos: o esforço em si não é bom, não é prazeroso, mas é um grande bem!

Assim é minha filha: uma benção para nós e para suas 2 irmãs!
E que Deus nos abençoe a todos em nossos propósitos e lutas!

Paulo Cesar Starke Junior

domingo, 21 de outubro de 2012

Lembranças que tenho de meu pai

Se medimos a qualidade do que aprendemos pelas lembranças que carregamos de nossa infância, minha balança pende muito para aquilo que temos de melhor em paternidade:

- da minha idade mais tenra, lembro da viagem que fiz de ônibus com meu pai para São Paulo. Já na ida ganhei um chocomilk numa embalagem em forma de pirâmide. Acho que foi o melhor chocomilk da minha vida;

- lembro dos dias antes do meu aniversário de 5 anos, quando ganhei uma carreta Volvo do meu avô Altamir; eu estava na carroceria da Kombi que meu pai dirigia quando pensei que vi a roda do caminhão. Depois vi o caminhão escondido dentro do guarda-roupa do meu pai. Minha expectativa era muito grande;

- lembro do meu pai lavando louça quando íamos acampar com meu vô. Acho que meu pai lavava louça só quando minha mãe estava ausente, mas ele não somente lavava a louça: fazia tudo por nós, como minha mãe. Minhas melhores lembranças da figura paterna são de momentos em que eu estava só com meu pai;

- lembro das vezes que brincava de pular em cima do meu pai com almofadas. Muito raramente conseguíamos fazer isto durante o Jornal Nacional;

- lembro do carrinho Máximus que meu pai não comprou para mim e meu irmão;

- lembro do esforço do meu pai para comprar minha Caloy Cross;

- lembro quando meu pai chorou me abraçando;

- lembro de eu estar em uma Kombi vendendo camarão com meu pai;

- lembro de uma vez em que estávamos pescando eu, meu pai e meu avô, os três num barco no Rio Tibagi. Eu estava no meio do barco, meu pai numa ponta e meu avô na outra ponta. Eu tentava pescar, meu pai não pescava nada e meu avô tirava um peixe atrás do outro. Meu pai pediu para trocar de lugar com meu avô. Continuou a mesma coisa: meu avô pescava e meu pai não pegava nada. Trocaram de vara e... nada. Mudaram o barco de posição, e tudo continuava igual. É a experiência!

Acho que comecei bem!

Paulo Cesar Starke Junior

sábado, 20 de outubro de 2012

Dias difíceis

Esta semana não foi fácil. Muito estresse no trabalho. Ainda tenho muita dificuldade quando vejo desalinhamento, despreparo, desconstrução, falta de sinergia e trabalho em equipe, falta de visão de futuro de um time e, principalmente, intenções contrárias revestidas de coleguismo.

Minha primeria reação tem sido entender o cenário e falar nos fóruns adequados, mas a conquista de resultado é extremamente lenta ou inexistente em determinadas situações. Vejo muito do que construímos num esforço de várias pessoas ser rapidamente desmontado pela ganancia ou inveja de quem não quer participar do trabalho em prol de um objetivo conjunto.

Desanimar? Desistir? Não. Vou manter o foco e continuar indo em frente. E rezar pedindo a Deus que me ajude para que meu estresse não interfira na alegria do meu lar. Pelo contrário: que minha família seja a fonte de forças para vencer as batalhas de cada dia.

Paulo Cesar Starke Junior

domingo, 5 de agosto de 2012

Estar em tuas mãos

A música "Estar em tuas mãos" da Comunidade Católica Shalom descreve nossa vida.

Estamos com os pés no chão mas desejando o céu. Aqui plantamos e vamos colher a eternidade.

Esperamos em Deus Nosso Senhor e alcançaremos a maturidade plena Nele, nas mãos Dele.

Quando encontramos a segurança de suas mãos ofertamos nossa própria vida, e ressuscitamos.

Nossa vida se torna oblação, e esta oferta se perde em Deus para frutificar para nossos irmãos.

Cada dia, a cada dia... crescendo, e mais um dia... aprendendo, e outro dia... recomeçando!

Esta é a minha vida!

Paulo Cesar Starke Junior


* Letra da música "Estar em tuas mãos":

Mãos na terra e o coração além deste céu,
E a semente que brota é um germe de eternidade
Vai brotando, crescendo, esperando
É a vida que vem despontar
E este trigo maduro, a colheita o recolherá

Estar em tuas mãos, ó Pai
E a vida ofertar
No pão e no vinho a Ti
O céu se abrirá
Estar em tuas mãos, Senhor
E a vida entregar
A minha oblação em Ti
Se perderá, frutificará.
Frutificará, frutificará, frutificará!

Da videira a flor não restará, passará
E o fruto da terra surgirá, brotará
Pela força do vento, da chuva
E do sol que traz vida e calor
Cada dia, crescendo e aprendendo a recomeçar.

domingo, 22 de julho de 2012

O Mistério da Vida

Hoje minha esposa abriu seu coração comigo. Eu percebi que algo mais lhe afligia. Ela falou que está com medo... medo que a Maria também possa ter alguma alteração genética.

Eu respondi somente: também tenho medo!

Após nove meses esperando seu nascimento, somente esperando em Deus que tudo ocorresse bem na gravidez, agora é mais uma vez "esperar".

Ela nasceu saudável, assim como a Ane nasceu, e a Laís. Mas não sabemos o que pode vir a acontecer.

Esta situação é a melhor exemplificação do que posso entender como "Mistério". O Mistério da Vida.

Não temos ação diante dos mistérios de Deus. Temos somente fé! Temos somente esperança. Esta também é a mais linda definição de esperança que já encontrei: esperar com fé viva a revelação do Plano de Deus para cada um de nós!

Diante do mistério de Deus nós esperamos! Com alegria e apreensão. Não precisamos mais ter medo porque em seu lugar colocamos nossa fé, nossa esperança! E agimos com amor, no nosso caso, de pai e mãe.

Não é porque findou os 9 meses de gravidez que nossa espera terminou. Não controlamos nada porque agora temos nossa filha em nossos braços, sentindo seu calor, ouvindo sua respiração, vendo seu desenvolvimento e capacidade de viver.

Não mudou nada com o parto. É a mesma vida que continua... continua em Deus e no seu Mistério.

Como poderíamos nós termos a pretensão de querer controlar, manipular, prever ou mesmo abortar esta vida, seja da forma que for?

Não podemos. Isto cabe somente a Deus. A nós cabe esperar Nele!

Paulo Cesar Starke Junior

Aborto - ignorância de letrado? Ditadura?

No programa Ponto a Ponto do dia 14/07/2012 na rede Bandeirantes, a socióloga Fátima Jordão falou que as pessoas que tem bom senso, escolaridade são a favor do aborto. Falou também que são os homens que são contra o aborto.

Afirmações infelizes.

Não consigo compreender como se ignora a origem do problema e quer-se defender a morte como solução para uma dita liberdade.

Deveríamos estar discutindo responsabilidade na sexualidade. Deveríamos estar ensinando a nossos jovens que a sexualidade deve ser vivida em sua plenitude, e não buscada pelo prazer descompromissado e inconsequente.

Deveríamos estar discutindo como melhorar a vida de nossas crianças e não como matá-las, especialmente as crianças especiais (conforme noticiado recentemente, pretende-se incluir no novo código penal a possibilidade de aborto de crianças com anomalias incuráveis - ora, minha filha tem uma anomalia incurável: poderia ela ter perdido seu direito à vida?).

Eu, com graduação, especialização e mestrado, não preciso de nenhum argumento científico, embora pudesse encontrar vários, para defender a vida da criança desde a concepção. Sou letrado, me considero escolarizado, Sra. Fátima Jordão, e basta eu acreditar que temos uma alma desde a concepção para não querer tirar a vida dada por Deus de ninguém. Sou homem, Sra. Fátima Jordão, mas conheço várias mulheres que jamais seriam tolerantes ao aborto, inclusive minha esposa, porque meditam sobre o mistério da vida.

Para mim, seus argumentos são ditadores, ao invés de democráticos como a Sra. também falou.

Paulo Cesar Starke Junior

A Juíza Deisi Rodenwald acertou ao revogar seu ato

Nesta semana a mídia em geral deu ampla publicidade à recomendação da Juíza Eleitoral de Imbituva, Deisi Rodenwald, de adiar festas religiosas durante o período eleitoral.

Logo depois da recomendação amplamente divulgada, a Juíza voltou atrás e revogou seu ato. Acertadamente.

A sociedade agora passará a não mais permitir a manifestação religiosa?

Que a penalidade recaia sobre quem prática os crimes, e não sobre a coletividade, sobre a comunidade, sobre a Igreja, sobre nossas tradições e nossa fé.

Paulo Cesar Starke Junior

terça-feira, 17 de julho de 2012

Escolha da profissão... e santidade!

Já há algum tempo minha filha de praticamente 11 anos vem dizendo que quer ser médica veterinária. Semana passada ela resolveu perguntar sobre a faculdade. Expliquei o que ela queria saber mas não parei.

Resolvi aprofundar o assunto falando que a escolha da profissão não é o mais importante. Que existem muitas opções e com certeza mais de uma vai se encaixar em seu futuro, embora esteja convicta agora.

Falei que há outra decisão a ser tomada antes da profissão: a escolha do estado de vida, da escuta de um chamado, a descoberta da vocação.

Mais importante que escolher uma profissão é descobrir se você, filha, quer casar, quer ser mãe, quer ser freira, quer ser solteira e se dedicar a grandes projetos para a humanidade. É esta a grande decisão a ser tomada antes de escolher qualquer profissão. Porque a escolha certa é pela santidade, seja qual for o ofício que vamos exercer em nossa vida. E a santidade alcançamos respondendo em plenitude à vocação dada a cada um de nós.

Creio que escolhi as palavras certas para falar com simplicidade. Ela então me falou que quer ser mãe, mas não pensa em casar. Então perguntei se não era bom ter um pai. Graças a Deus ela disse que era muito bom!!! Então falei que os filhos dela precisariam de um pai...

Bem! Foi um bom começo: nossos filhos precisam almejar a santidade antes de tudo! Espero começar mais cedo com a filha recém-nascida.

Paulo Cesar Starke Junior

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Maria Clara

Maria, você nasceu hoje, às 19:38. E eu, o papai, estava lá com você. Quando a Ane nasceu eu não tive esta graça. E quando a Laís nasceu eu não pude fotografar ou filmar o nascimento dela. Mas no seu, eu não podia perder a oportunidade, embora isso tenha sido somente um capricho meu. O importante mesmo era estar ali, com sua mãe e você.

Filha, quando divulguei seu nascimento fiz questão de escrever: “nasceu minha filha”. Não escrevi nasceu minha terceira filha ou mais uma filha. “Nasceu minha filha!” porque você é única, assim como é única a Laís e é única a Ane.

Vocês são meus tesouros, junto com a Doce Luz e a sua mamãe Angela. São tudo de mais lindo e valoroso que aconteceu na minha vida. Na verdade, com vocês encontrei, e continuo diariamente encontrando, o mais profundo do valor e dignidade da minha própria vida.

E cresci tanto com vocês! Aprendi a ser Homem e Esposo. E ganhei o dom da paternidade! Deus permitiu-me ser criador com Ele. E Maria, nossa Mãe celeste, tem me ajudado a ser educador.

Filha, sou um homem que muito falha, mas diariamente me entrego à Nossa Senhora para que ela me ajude e me tornar um bom pai. Erro muito e sou impaciente, mas por cada uma de vocês eu dou toda a minha vida porque vocês já me deram o que de mais precioso eu poderia ter recebido: eu as vi vivas e cheias de Graça! Isto me basta para que por toda minha vida eu me dedique a vocês com todas as forças e dons que Deus me dá!

Maria, agora falando em nome de toda a família que acolhe você: amamos você e abençoamos sua vida com nossos melhores dons – a paternidade, a maternidade e a fraternidade que só se constrói em família!

Amamos você!

Papai, Mamãe, Laís, Ane e Doce Luz

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O que será que esta menina vai ser?

Ontem celebramos o nascimento de João Batista, filho do mesmo Zacarias que me silenciou durante a gestação da Maria Clara!
E ao nascer de João, a língua de Zacarias se soltou para que ele proclamasse: seu nome é João! Deus é misericordioso!
Diante de um novo Zacarias, que proclamava no coração a misericórdia de Deus, as pessoas ficaram perturbadas e perguntavam: que será deste menino?
A mão do Senhor estava com ele! Veio à frente do Senhor para preparar seu caminho! Para iluminar os que vivem nas trevas e nos guiar no caminho da paz!
Maria Clara, a mão de Senhor está sobre você! A tua vida é um dom único e você é plena de dignidade porque Deus te chamou primeiro pelo nome. Você está sendo chamada à santidade, e nós, teu pai, mãe e irmãs queremos ser instrumentos de Deus para te ajudar na tua resposta ao Senhor da Vida!
Com você nós também respondemos ao nosso chamado à santidade e reencontramos o centro da nossa própria dignidade na tua criação.
Filha, louvado seja Deus para sempre por tua vida! Ele que conhece o mais profundo de nosso ser derrame sobre nós seu Espírito e nos dê a Vida, a Verdade e nos conduza pelo Caminho!
Esta é tua vida, filha. Esperamos como pais, silenciando e proclamando, te ajudar a encontrar o nosso Deus!

Paulo Cesar Starke Junior

Trechos do Salmo 138

"Pai, tu me sondas e me conheces.
Tu conheces o meu sentar e o meu levantar, de longe penetras o meu pensamento.
Examinas o meu andar e o meu deitar, meus caminhos todos são conhecidos por ti.
A palavra ainda não me chegou à língua, e tu, Senhor, a conheces inteira.
Tu me envolves, e sobre mim colocas a tua mão.
É um saber maravilhoso que me ultrapassa, é alto demais: não posso atingi-lo!
Para onde irei, longe do teu sopro? Para onde fugirei, longe da tua presença?
Tu me teceste no seio materno.
Eu te agradeço por tão grande prodígio, e me maravilho com as tuas maravilhas!"

Paulo Cesar Starke Junior

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Crença num novo amor

A cada momento que respiro parece estar mais distante daquele segundo
em que toquei você e segurando a sua mão, em seus olhos percebi
a profundidade de um amor para toda a vida...
Poucas vezes em minha pequena vida pude deparar com tal bele...za
e nunca antes vindo de alguém mas sempre do esplendor
de um pôr-do-sol ou na imensidão do mar...
Seu olhar irretocável me deixou pasmo, paralisado, sem reação alguma!
por pouco não perco a capacidade de respirar...
por pouco não percebi que era no teu olhar que vim me apaixonar...
Aos pouco recobrei a consciência e mesmo sob o seu feitiço
senti sua mão ainda segurando a minha...
e como se não bastasse aos poucos nossos lábios se aproximaram
e naquela batida que antes era alta e até um pouco incomoda
transformou-se numa doce melodia que nos conduziu ao nosso primeiro beijo...
Beijo que até agora não consigo descrever
senão como a melhor sensação que tive nos últimos anos...
beijo que num segundo mudou minha percepção de carinho e bem estar
que tirou de mim aquele peso de sempre estar em busca de um novo amor,
se é que ele pudesse existir,
pra ter a certeza de realmente encontrei alguém
que me provou ser possível amar e acreditar no coração de novo.
Sei que aquele beijo pode nunca mais acontecer...
que aquele beijo foi apenas mais um nas nossas vidas...
mas foi ele que permitiu meu coração se libertar
das amarras daquele amor já antigo tão distante
que custava em estar presente na minha vida.
Aquele toque, o segurar da mão, o olhar, o beijo...
tudo numa seqüência única que salvou não só a minha noite solitária
mas toda a crença num novo amor e numa nova vida.


Tiago Rafael Starke

sábado, 26 de maio de 2012

O fim da vida de House

Acabou vazio o episódio final de House. Assim como foi sua vida. A falsa morte foi planejada. Ficou evidente com a postura do terapeuta! O House pensou em tudo e as alucinações só foram uma forma de mostrar seu diálogo com o psiquiatra. Nisto ele mudou: buscou ajuda para conseguir tomar a decisão de ficar ao lado de quem amava, coisa que não fez em mais de uma oportunidade. Mas sua falsa morte o condenou à continuidade do vazio existencial, agora sem história. Era só o que tinha em sua cabeça: uma vida vazia. Nisto o escritor da série teve sucesso. Penso que a série acabou feliz na sexta temporada. A sétima e a oitava foram péssimas, não conseguiram seguir a fórmula de sucesso das temporadas anteriores.

Paulo Cesar Starke Junior

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Conhecer-se ou deixar-se conhecer

Dias atrás eu prestava atenção na quantidade de vezes que falamos que precisamos nos conhecer. Realmente é uma necessidade que percebemos cada vez maior enquanto vamos ficando mais experientes. Conhecer as profundezas do nosso ser, o fundo mais negro do nosso próprio poço, nossos sentimentos mais obscuros, nossos pensamentos mais inconscientes, todo nosso potencial e toda a nossa fraqueza. Cada ano que ganhamos em nossa vida almejamos mais este encontro conosco mesmo para poder se colocar puros diante de Deus.

E, como estou aprendendo com Bento XVI ao ler e reler, página a página, o livro “Jesus de Nazaré – parte 2”, esta purificação é o que toda a humanidade busca com todas as nossas religiões. Todavia, com Cristo aprendemos que não somos nós que nos purificamos, mas é o próprio Deus que nos purifica, nos santifica, nos justifica, nos consagra, nos salva na morte de Jesus.

Todos nós cristãos sabemos que a salvação nós recebemos como dom, de graça, pelo sacrifício de Jesus Cristo. Mas, quem sabe muitos de nós, sabemos disto em nossa razão, e não transformamos isto em prática, pois se o fizéssemos não falaríamos que buscamos nos conhecer, mas diríamos que nos deixamos conhecer pelo Espírito Santo de Deus.

A novidade de Jesus Cristo, do Novo Testamento a nós entregue, é que o Espírito e sua graça são a nova lei, conforme a Suma Teológica de São Tomás de Aquino citada por Bento XVI no mesmo livro. É a graça de deixar Cristo viver em nós por meio do Espírito Santo. “Já não sou eu quem vivo, mas é Cristo que vive em mim”, consegue afirmar São Paulo. Esta é a salvação dada a nós, a graça derramada sobre a humanidade: podemos deixar Cristo viver em nós. E, sendo assim, já não preciso mais me preocupar tanto com minha escuridão, porque o Cristo que vive em mim me ilumina, me forma, me transforma e, algum dia, me transfigurará.

E a Palavra de Deus nos dá um grande exemplo de um coração de pedra, teimoso, duro que é transformado na pedra angular de toda a Igreja, nossa base. São Pedro Apóstolo, uma das duas colunas da Igreja, era impulsivo, talvez não controlasse a própria ansiedade, inconseqüente, não media suas palavras e atos e foi sobre ele que Jesus fundou sua Igreja.

Vejamos: Pedro não quer deixar Jesus lhe lavar os pés; Pedro não aceita a idéia da morte de Jesus; Pedro usa da espada para tentar evitar que Jesus fosse preso. Pedro diz para Jesus que dará a sua vida para segui-lo, mas logo depois o nega três vezes. É verdade que nega porque queria estar perto de onde Jesus estava, numa atitude que beira a loucura de quem não sabe mais o que fazer, mas é o suficiente para ele se ver infiel, e só então aprender que não era a sua hora, mas a hora de Jesus.

Deus ensinou Pedro a esperar a partir de sua própria ansiedade: ele não podia deixar seu Mestre ser levado e, então, corre atrás, mentindo para estar perto de Jesus. Mas acaba descobrindo na sua infidelidade que não é ele quem faz seu caminho e que deve aceitar a manifestação de Deus. Aprende que não somos nós que nos elevamos até Deus, mas é Deus em sua humildade que desce até nós para nos servir e nos levar até onde muitas vezes não queremos, para ali, por meio da fé, da esperança e da caridade se encontrar com o próprio Deus.

Deus se faz servo para me tornar capaz de encontrá-lo, para me purificar. O que me resta? Acreditar em Deus. A fé modifica meu agir porque Deus se volta para mim e eu aceito seu olhar. O Espírito me abre o coração e a inteligência e me santifica, me torna capaz de perceber Deus. A voz de Deus, a Verdade, o Verbo encarnado me consagra, lava meus pés e me coloca no Caminho para a Vida.

De que se trata nossa atração para o divino senão o próprio Deus nos chamando e nos unindo a Ele? A minha vida é vontade de Deus! Não vim ao mundo para eu crescer por minhas forças, mas para ser crescido por Deus. Aceitar a obra de Deus em minha vida move-me para o transcendente que se realiza na obra de amor aos meus. Dá-me, Senhor, fé para aceitar sua obra em mim, para permitir que o Espírito atue em mim, para que seu amor se revele em mim, para que eu me deixe conhecer por sua ação continuada e que minha fé na sua ação se transforme em obra real de amor aos teus filhos e à tua criação.

Paulo Cesar Starke Junior

quinta-feira, 29 de março de 2012

Inclusão e Amor

A “Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes”, da ONU, de 1975, afirma:

“1 - O termo "pessoas deficientes" refere-se a qualquer pessoa incapaz de assegurar por si mesma, total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência, congênita ou não, em suas capacidades físicas ou mentais.

2 - As pessoas deficientes gozarão de todos os diretos estabelecidos a seguir nesta Declaração. Estes direitos serão garantidos a todas as pessoas deficientes sem nenhuma exceção e sem qualquer distinção ou discriminação com base em raça, cor, sexo, língua, religião, opiniões políticas ou outras, origem social ou nacional, estado de saúde, nascimento ou qualquer outra situação que diga respeito ao próprio deficiente ou a sua família.

3 - As pessoas deficientes têm o direito inerente de respeito por sua dignidade humana. As pessoas deficientes, qualquer que seja a origem, natureza e gravidade de suas deficiências, têm os mesmos direitos fundamentais que seus concidadãos da mesma idade, o que implica, antes de tudo, o direito de desfrutar de uma vida decente, tão normal e plena quanto possível.

... (e segue)”.

Nossa filha Ane tem sua dignidade preservada, tem saúde, tem lazer, tem sua família, tem brinquedos, tem momentos de choro, tem momentos de traquinagem, tem tudo o que é necessário para desenvolver-se como pessoa porque a família dela tem proporcionado isto para ela.

Nós só não somos capazes de dar uma escola para ela, onde ela possa ser “incluída” socialmente e aprender o que for possível.

O que é inclusão social para uma criança como ela? Na nossa visão, para a Ane, é tão somente ter direito a uma escola que seja capaz de ajuda-la a desenvolver-se cognitivamente até seu máximo, até onde é possível, e que seja capaz de deixá-la socializar-se.

Só isto precisamos do Estado ou de escolas privadas, mais nada.

E isto nós não temos.

O Estado discursa a inclusão, mas nem ele nem as escolas privadas conseguem fazê-lo. E vou dizer o motivo para todos vocês. Porque querem complicar algo que é muito simples. Dão um nome pomposo (Inclusão Social) para algo que chamamos simplesmente de AMOR.

Nossa filha só precisa ser amada pelas pessoas que trabalham com ela. Não precisa de mais nada! Se fosse amada, os profissionais a ajudariam a extrapolar seus atuais limites de socialização. Se a amassem, poderiam descobrir a forma como ela aprenderia mais.

Mas não amam, preferem incluir, e não conseguem nada!

Paulo Cesar Starke Junior

domingo, 4 de março de 2012

Amor e sacrifício


Complicada essa vida com sentimentos...
Como seria uma vida sem eles??
Sem dor... sem perda... sem sofrimento...
Mas a que custo??
Infelicidade não haveria...
Mas e a felicidade?
Também não seria possível
Sem alegria como ser feliz?
E sem vitória? Conquista?
E sem amor????
Ah... o amor...
O que seria do mundo sem o amor?
Mas por que ele também causa dor?
Será ele mesmo que nos faz sofrer?
Ou são nossas escolhas que fazem o amor sofrer?
Por que não escolhemos melhor nossas companhias?
Por que não nos apaixonamos por quem vale a pena?
Por que tenho a impressão de que nossos pais
são felizes e estão casados a tanto tempo:
tiveram sorte por encontrar a alma gêmea?
Ou é porque talvez eles foram sábios e souberam sacrificar-se pelo outro...
Nunca desistiram do outro apesar das dificuldades.
O que é amar senão sacrificar-se por quem a gente ama?
Hoje vivemos num mundo egoísta e egocentrico...
Nada mais importa senão a Minha felicidade e o Meu bem estar...
talvez esse seja o nosso erro...
Não querer encarar os problemas e resolvê-los...
é mais fácil e comodo separar-se
deixar no passado aquela pessoa que diziamos amar...
Voltando ao início...
Ainda prefiro arriscar sofrer do que nunca ter a chance de poder amar...
de ser feliz...
quero me sacrificar...
preciso agora de alguém que também queira se sacrificar por mim.

Tiago Rafael Starke

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Paternidade: marca indelével na alma

Aprendemos na catequese que três dos sete sacramentos (Batismo, Crisma e Ordem) conferem, além da graça, um caráter sacramental ou selo pelo qual nós participamos do sacerdócio de Cristo. Esta marca, realizada na nossa alma, é deixada pelo próprio Espírito Santo e é uma marca que não se pode apagar.

Aprendemos também que todos fomos criados à Imagem e Semelhança de Deus, ou seja, todos somos chamados à vida já com uma marca que não pode ser apagada: somos imagem do nosso Criador.

Cientificamente, também já aprendemos que nós somos marcados geneticamente em nossa concepção. Estas marcas nos caracterizam e não podem ser apagadas ou alteradas. São a nossa carga genética (DNA). São para toda nossa vida.

Há ainda, a meu ver, outra marca indelével que recebemos ao nascer: somos filhos. Somos todos filhos, e não filhotes nem crias. Ai do ser humano que não é filho: não passará da brutalidade inerente de nossa natureza animal.

Talvez recebamos também outras marcas indeléveis (que não podem ser apagadas) durante nossa primeira infância, durante nossa educação, seja de nossos pais seja do ambiente onde vivemos. Para estas digo talvez porque já não sei se podem ou não ser apagadas.

O que sei é que depois do nosso DNA, de ser imagem e semelhança do Criador, de ser filho e dos sacramentos do Batismo e da Confirmação, tenho certeza que recebi ao menos uma nova marca indelével: eu sou PAI.

Esta marca não pode ser tirada mais. É para sempre. Sou PAI e, consequentemente, sou um pouco mais imagem de Deus.

E, aproveitando-se das palavras do Pe. José Kentenich sobre São Paulo, como PAI sou um homem duro como diamante mas repleto de ternura.

Sou filho, homem, pai e cristão. Tudo em função das marcas indeléveis que recebi de Deus. E cada uma destas marcas exigem de mim respostas. Encontro nelas a razão do meu ser e com elas sou capaz de responder à Vida, sou capaz de sonhar, de idealizar, de querer.

No meu encontro com Deus dou respostas às minhas marcas:
- como homem me coloco integral e livre para glorificar a Deus;
- como filho fui amado e aprendi a amar;
- como pai me faço imagem e semelhança de Deus para minhas filhas;
- e como cristão batizado e crismado sou servo da humanidade.

Que, agora, o sacrifício seja meu meio de construir um santuário sobre as ruínas do meu ser.

Paulo Cesar Starke Junior

Um Toque de Vida, Um Sopro de Ressurreição!

Hoje participamos da Missa com o padre que testemunhou, em nome da Igreja, nosso matrimônio. Como é rica a catequese do Pe. Ivan. Desperta para uma reflexão profunda.

O padre falava do toque da ressurreição. Um toque que nos faz deixar o sofrimento em segundo plano, porque em primeiro plano está Deus, está a verdadeira Vida, está o encontro com nosso eu na relação com Deus.

Jesus tocou a sogra de Pedro e ela levantou-se, ergueu-se, ressuscitou e, depois, se colocou a serviço, não como serviçal, mas como "serva", diaconisa da Igreja.

Depois que Paulo foi tocado, evangelizar era uma necessidade, ele "precisava" proclamar a boa nova de Jesus com toda sua força.

Jó, na sua angústia, perguntava: somos mercenários neste mundo? Por quantos dias ainda estaremos a trabalhar por um salário que só nos aprisiona e não pode nos levantar para a vida? Quando irei levantar-me?

A vida é um sopro!

Que minha vida seja um sopro de Deus em minhas narinas a cada inspiração! Que eu seja tocado pelas mãos de Jesus e que ele me levante para além daquilo que sou capaz! Que ele me cale e que fale em minha boca!

Que ele tenha misericórdia do meu passado e seja minha providência em cada dia do futuro, e que meu presente seja movido pelo seu toque! Quero ser o Sopro do Senhor!

Paulo Cesar Starke Junior

domingo, 29 de janeiro de 2012

Esperar!

No Beach Park (Ceará) há um brinquedo que chama, em especial, a atenção dos observadores: muitas pessoas param e "esperam" um grande balde de água virar sobre suas cabeças. Eu mesmo parei diversas vezes para esperar o banho. Ocorre que a ducha que ali se toma poderia ser tomada em outros brinquedos sem ter que esperar, mesmo assim, nestes, não se amontoavam as pessoas, mas no "balde" havia momentos que muitas pessoas se juntavam, bem juntinhas, para tomar a enxurrada.

Tenho para mim que a graça e o sucesso do brinquedo está no esperar. Quando criamos expectativas positivas vivemos intensamente o momento esperado. Talvez por este mesmo motivo as pessoas com atitudes positivas são tão valorizadas nas empresas, em detrimento a profissionais, às vezes mais capacitados, cujas atitudes são, na maioria das vezes, para esperar o pior. As que tem atitudes positivas também tem altas expectativas. Tem esperanças... trabalham e esperam positivamente na certeza de alcançar.

Os três primeiros meses de gravidez da Maria Clara foram de muita espera para mim e para a Angela. Como nosso terceiro filho morreu nos três primeiros meses de gestação, e como desejamos de forma intensa o nosso bebê, foi impossível não nos depararmos com a dúvida e com o medo.

Uma objeção normal e santa, mas que nos fez receber de Deus a graça de dizer sim em cada momento destes três meses em que esperávamos e de confiar muito na sua ação de Pai e na ação de Maria, nossa Mãe.

Poderíamos ter deixado o medo e a dúvida nos dominar e nos calar, mas o esperar positivamente é que esteve presente. Silenciamos diante daquilo que não entendemos, mas não nos calamos diante da graça da vida.

Por diversas vezes nestes três primeiros meses nós corremos para debaixo da graça e esperamos positivamente tudo que Deus derramou em nossa vida. E cada vez que ele nos banhou nós rimos muito, nos divertimos, nos engrandecemos com a vida e com a boa nova!

A esperança não se cala, ela quer sair do nosso peito! Assim como a fé e o amor! Quando temos fé, esperança e amor, não somos capazes de controlar, de segurar o que é maior que nós mesmos! Afinal, vem de Deus, fonte de toda fé, esperança e amor*!

Paulo Cesar Starke Junior

* Fé, Esperança e Amor são as três virtudes teologais. Segundo o CIC (Catecismo da Igreja Católica), parágrafo 1813, "as virtudes teologais fundamentam, animam e caracterizam o agir moral do cristão, informam e vivificam todas as virtudes morais. São infundidas por Deus na alma dos fiéis para os tornar capazes de proceder como filhos seus e assim merecerem a vida eterna. São o penhor da presença e da ação do Espírito Santo nas faculdades do ser humano".

domingo, 1 de janeiro de 2012

Santa Mãe de Deus

Ontem fomos à Celebração da Eucarístia, ao findar 2011 para agradecer, e ao iniciar 2012 para consagrar. A liturgia católica cumpre o seu propósito de reavivar continuamente nossa fé. Iniciamos e terminamos o ano celebrando a maternidade, maternidade de Maria, a Mãe de Deus!

Toda a criação louva a maternidade e gira em torno dela. Foi o grande dom que Deus entregou à humanidade. Ser capaz de gerar a vida e cuidar dela. Repetir a criação todos os dias, em cada atitude formar, moldar a vida para que Deus possa receber este presente de nós, seus filhos. As mães são a sublime criação divina, pois foram elas que o Senhor desejou criar. E são elas, somente elas, que são capazes de presentear a Deus, pois somente elas dão a Deus o que Ele quer: filhos que sabem amar!

Glória a Deus nas alturas! É o que podemos fazer diante da maternidade! É o que os anjos fazem quando estão diante das mães!

Cada dia de uma mãe é um brado de Glória a Deus na Terra!

Cada palavra silenciada de uma mãe é um gesto de louvor a Deus!

Cada palavra proferida é uma profecia em nome de Deus!

Cada dor sofrida é um sacríficio em expiação da nossa fraqueza humana!

E cada sorriso é um cantar o grande poder divino existente em cada filho gerado no ventre de uma mãe como Maria!

Obrigado à minha mãe Elizete por tudo que me ensinou! Obrigado à minha Angela por tudo que me tem ensinado. Obrigado por me permitir ser pai! Obrigado por moldar minhas filhas e lhes dar a vida comigo!

Obrigado, minha Mãe Maria, por se dar a mim em minhas fraquezas.

A maternidade é o único dom que a humanidade precisa para aprender a amar em verdade!

Louvado seja Deus por todos os dias o sol brilhar e permitir que as mães vivam para que todos nós possamos viver!

Santa Mãe de Deus, nesse primeiro dia do ano, dia dedicado à Senhora, e por todos os dias de 2012, sede nossa Mãe!

Paulo Cesar Starke Junior

O Silêncio de Zacarias

Zacarias é o pai de João Batista, aquele que foi o precursor de Jesus Cristo, a voz que gritava no deserto! Zacarias era sacerdote judeu. Não tinha filhos e, quando já era velho, foi-lhe dado o rebento esperado.

O que ele foi capaz de fazer diante do dom de ser pai? Silenciou. Silenciou talvez por lhe faltar a capacidade de entender os planos de Deus.

Muito mais do que ficar mudo ou surdo, Zacarias, de quem se esperava, por ser sacerdote, grande eloquência na oratória, só foi capaz de silenciar. Foi o dom que Deus lhe deu naquele momento.

Na nossa quarta gravidez, o silêncio é um dom que estamos experienciando e recebendo de Deus.

Diante do insondável, diante do que não temos controle, daquilo que não somos capazes de compreender, o silêncio é o que aprendemos.

Deus meu! Quanta vida no esperar em silêncio aquilo que não podemos ver! Quanta alegria no descobrir sua graça em nossa capacidade de ser pai e mãe novamente!

Quando engravidamos pela terceira vez e, no terceiro mês, descobrimos que a Doce Luz já não mais vivia, nos deparamos novamente com a ação de Deus e com o insondável, o mistério da vida!

Agora, na gestação da Maria, nossa quarta gravidez, parece que cada célula que se formava era um mistério enquanto esperávamos pelo desvendar de seu desenvolvimento. E precisávamos esperar, silenciar diante daquilo que não temos compreensão e nem ação. Somente silenciamos diante da obra de Deus!

Quando, enfim, com 13 semanas, pudemos de novo ver seu coração batendo e como se desenvolvia, parece que de novo recebíamos a notícia: vocês são pais! Vocês são meus escolhidos! Recebam a Maria e cuidem dela para mim!

Deus meu! Grande, enorme é nosso louvor em nosso silêncio, até sermos capazes de poder dizer: Seu nome é Maria, Maria Clara!

Louvamos sua ação Senhor e te bendizemos pela vida em nossa vida! Pelo dom da paternidade e da maternidade. Pelo silêncio e em silêncio, te louvamos minuto a minuto, em cada inspiração, em cada sopro Seu em nossas narinas!

Que o mundo silencie diante de sua obra! Que o mundo silencie diante da vida. Ela é insondável como foi o mistério de João Batista para Zacarias, seu pai!

Peço-te silêncio, Deus meu!

Paulo Cesar Starke Junior