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sábado, 15 de janeiro de 2011

Paciência de padre e de pai

Lembro bem de um dos meus aniversários na época em que eu estava no seminário. Mês de julho, passando as férias na casa dos meus pais. Cantado os parabéns, eu estava cortando o bolo quando uma das minhas tias comentou: mas este menino tem paciência de padre, mesmo!

Sempre me julguei paciente, mas agora descobri que a minha paciência não é de padre, mas de pai.

Mês passado estávamos na praia e, após guardar as malas no carro para voltar para casa, eu amarrava as bicicletas no suporte enquanto conversava com o padre, nosso amigo, que estava conosco. Ele comentou sobre a paciência para guardar todas aquelas coisas das nossas filhas. Falava que é simples arrumar as coisas quando se viaja sozinho.

Dias atrás estávamos saindo de casa para passear e refleti sobre a paciência que todos os dias os pais exercitam ao cuidar dos filhos.

Os padres também o fazem com seus filhos de comunidade. Mas a paciência exercida pelos pais é diária.

Algumas vezes é uma paciência amorosa de quem observa os filhos crescerem. Outras é uma paciência raivosa que faz engolirmos as palavras e ficarmos quietos. Outras vezes, ainda, é uma paciência dolorida que vem da sabedoria que tem quem experimenta e luta todos os dias pelos filhos. Há ainda uma paciência teimosa que rapidamente nos toma quando somos incapazes de compreender. De qualquer forma, todas são expressão de uma virtude que santifica.

A vida em família é o caminho mais curto para a santidade. Difícil, não tenho dúvida. Mas também o mais curto! Graças a Deus tenho uma família. Talvez alcance a santidade!

Paulo Cesar Starke Junior

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