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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Milagres

No processo de recuperação da Ane, o primeiro milagre que vimos foi a união de centenas, talvez milhares de pessoas rezando por nós e, especialmente, pela Ane. Foram diversas missas celebradas em intenção especial pela Ane. Pelo menos dois bispos rezando por ela. Muitos padres. Dezenas de amigos muito próximos. Centenas de pessoas que talvez se quer ainda viram a Ane, mas que temos rezado para que pelo menos num breve momento a possam conhecer. Muitas outras pessoas que conhecem a Ane e que se uniram a Ela. Conhecidos das escolas por onde ela passou. Colegas de trabalho com quem eu inclusive não tenho contato recorrente. Amigos de nossos familiares que algum dia tiveram contato com a Ane e que procuraram meus pais para dizer que rezavam por ela. Familiares com os quais já não temos muito contato e que estiveram conosco. Amigos de amigos que ainda não conhecemos, cristãos de todo Brasil rezando pela Ane. Isto para nós já é um milagre!

No dia de Natal me ligou um amigo de infância para falar que na paróquia onde crescemos em Ponta Grossa, no dia 12 de dezembro, dia de Nossa Senhora de Guadalupe e dia do Batizado da Ane, na missa festiva em honra à Nossa Senhora, a comunidade rezou pela Ane.

Um pouco antes do Natal, no domingo, a Angela rezou durante a Missa pedindo a visita do menino Jesus para a Ane. À tarde, enquanto amigos conversavam com a Angela na sala de espera da UTI, uma mãe chegou com uma criança no colo. Um padre a acompanhava. A mãe, emocionada, falou para a Angela: “Olha quem veio visitar nossas crianças”! Era o Menino Jesus, uma imagem dele. E o padre com o Menino visitou todas as crianças da UTI. A Angela chorou com o milagre.

Enquanto a Ane estava paralisada, com um olhar perdido após dias de coma, eu rezei com a Angela intensamente. Estávamos com muito medo de seqüelas. E pedíamos: Senhor, nos devolva a Ane como ela era! Este por si só já foi um milagre: o milagre da aceitação da Síndrome da Ane. À noite, eu estava ao lado da Ane e pedi a Deus um sinal da recuperação da Ane. Pedi por intercessão da Doce Luz. E naquele momento a Ane se moveu rapidamente.

Um ou dois dias depois a Ane estava tendo crises de saturação. Na primeira vez eu recorri aos enfermeiros, e demorou para a Ane recuperar-se da crise. Na segunda vez eu recorri à Doce Luz, e no mesmo momento ela voltou a respirar normalmente. A partir dali ela só progrediu, e rapidamente, até o momento da alta hospitalar.

Isto tudo sem falar ainda dos momentos em que rezamos para que Deus agisse por meio da médica da Ane que lutava para controlar suas crises convulsivas refratárias. Ou para que ela saísse do Estado de Mal Epilético. E Ele agiu.

Ou dos momentos em que a Angela e eu oramos em verdade!

E também a oração profunda da minha mãe pela vida da Ane!

Ou dos momentos em que meu Pai esteve com a Ane no hospital. Ou dos momentos em que a mãe da Angela cuidou das nossas outras filhas. Ou ainda do meu irmão e minha cunhada, minha irmã e seu carinho, nossos compadres e amigos que cuidaram de nós e da Ane!

Milagres na nossa vida! Somos agradecidos! Obrigado meu Deus!

Paulo Cesar Starke Junior

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