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sábado, 20 de agosto de 2011

Starke.net.br unida contra o Câncer de Medula Óssea



Todos sabem que o câncer devasta a vida de milhões de pessoas no mundo todo.

A luta travada pelos enfermos é tão grande que além de perder os cabelos e ter a dor da morte ao lado devido à quimioterapia, também pode desfigurar a pessoa devido a inúmeras cirurgias necessárias para uma tentativa de controle da doença.

Bem, todos têm a vontade de viver e por isso nos sujeitamos a passar por procedimentos em que nos debilitam, mas ao menos, nos trazem a esperança de mais um dia de vida junto com nossos familiares e amigos.

Mas e quando o câncer se forma numa criança? Numa pessoazinha que não sabe ainda o que é a vida? Que esperança ela tem?

É aí que vêm as maiores lições de vida.

Penso que é através dessas crianças que podemos realmente crer que Deus existe e olha por nós. São anjos que Deus nos manda para nos ensinar a viver.

O sofrimento que elas passam é tão grande ou talvez até maior do que em adultos, já que crianças são inquietas e não entendem do porque do tratamento que faz sentir-se mal.

Nos últimos meses tive a oportunidade de acompanhar, ainda que de longe, um menino chamado João Daniel.

Ele mora em Maringá e tem quase 6 anos. Foi diagnosticado com leucemia com 1 ano e 11 meses de vida, e desde então, faz quimioterapia para manter-se vivo.

O João Daniel depende de um transplante de medula óssea, porém não encontrou um doador 100% compatível até hoje. Membro mais novo de uma família comum paranaense, João passa por dificuldades que nenhuma criança deveria passar. Até então, suas quimios levavam uma semana e ele deveria ficar internado nesse período. O procedimento o debilitava muito, levando a muitas vezes ter que retornar ao hospital para transfusão de sangue devido a sua baixa imudade após o tratamento. Até mesmo um sorvete de um fastfood pode lhe fazer ser hospitalizado. Com relação a algumas outras particularidades dos tratamentos através da quimioterapia incluem incisões na coluna e em várias outras

partes do seu já frágil corpinho, deixando diversas cicatrizes. Os tratamentos também o deixaram inchado em determinados períodos e agora com uma perda sensível da audição. Hoje, seu tratamento foi drasticamente reduzido, pois não poderá mais fazer as quimioterapias intensivas, apenas uma sessão diária a cada 21 dias, por no mínimo 100 vezes.

Mas o incrível do João Daniel não é pelo que ele já passou, mas como ele leva a vida apesar de tudo. João é hiperativo e não para um único segundo de brincar. Dono de todas as atenções por onde passa, ele logo vai se enturmando e fazendo amigos. Um menino incrível que não se deixa abater.


Seu sonho é ser bombeiro e fala que tudo o que ele passa é pra poder ser um. Que todo bombeiro precisa passar por isso para poder ajudar ao próximo.

Uma pequena historinha sobre: quando João ainda ia pra escola infantil, no inicio da doença, a sua professora chamou o Corpo de Bombeiros para fazer uma surpresa a ele. Como toda criança, ainda com 2 anos, ficou maravilhado e ali trilhou seu sonho. Quando mais velho, ao sair de uma semana de tratamento de quimioterapia,

os bombeiros de Maringá, sensibilizados com o sonho do menino, foram buscá-lo no hospital com o caminhão de resgate, retirando o menino pela janela. Ali ele ficou conhecido como o João Bombeirinho, ganhando apoio de toda a população da região e do Paraná.

Porém, as dificuldades não param somente no tratamento. A maior dificuldade da família é encontrar um doador compatível com o menino. As chances de encontrar um doador são de apenas 1 para cada 100 mil pessoas. Hoje no Paraná, existem aproximadamente 400 mil doadores registrados no REDOME (Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea), e aproximadamente 1.8 milhão em todo o país, o que é ainda insuficiente para se ter uma base concreta de doadores compatíveis necessários para cerca de 2000 pessoas na fila do transplante.

Outro fator que não ajuda é a falta de esclarecimento sobre o transplante junto à população. Segue um breve relato de como funciona o transplante.

Primeiramente, para realizar o cadastro no REDOME, é necessário ir a um hemocentro para a coleta de aproximadamente 5ml de sangue, para exame de histocompatibilidade (HLA), o qual vai verificar a sua tipagem e que será inclusa no seu cadastro junto com seus contatos e seus dados pessoais. Se encontrado uma pessoa compativel, será entrado em contato com o doador para demais exames, e só então inicia o processo de doação da medula óssea em si. Com relação a ela, é uma doação com procedimentos simples, que não traz riscos ao doador, apenas requer 1 dia de internação e 3 dias para retorno completo das atividades normais, inclusive esportes. Após serem realizados exames de compatibilidade, o doador interna-se no centro especializado e é anestesiado, a qual pode ser anestesia local ou geral, e através de uma seringa especial que é introduzida na bacia do doador, é coletada a medula com apenas algumas punções. Em até 2 horas o doador já está sem os efeitos da anestesia e permanece no hospital apenas para observação. Outro método que já está sendo utilizado em alguns locais é através de uma injeção intravenosa, na qual o corpo libera a medula no sangue e é coletada num procedimento parecido com uma doação de sangue comum, tornando mais simples a coleta da medula óssea. O risco do procedimento está para o receptor do transplante, que além do risco de rejeição ainda necessita ficar em isolamento total por 90 dias onde é o momento mais critico da doença, pois a imunidade do corpo é inexistente. Muitas vezes, a pessoa não resiste ao transplante e acaba por falecer.

Tendo em vista que a maioria das pessoas desconhece o que é e como é realizada a doação de medula óssea, está sendo realizado o Projeto Medula Óssea, que através de palestras e campanhas terá como objetivo esclarecer, conscientizar e aumentar o número de doadores de medula óssea.

Nossa próxima campanha será realizada na divisa dos Estados de Santa Catarina e Paraná, sendo desenvolvida pela Copel - Companhia Paranaense de Energia e pelo Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, nas cidades de União da Vitória - PR e Porto União - SC no dia 3 de Setembro de 2011, a partir das 10h da manhã na Estação Ferroviária Porto União da Vitória, divisa entre os dois Estados, onde será instalado um palco para apresentação de bandas da região (Old Melody, Bicudão e Indigans) e do Coral Alemão Grünenwald. Também no evento terá a presença das Prefeituras das cidades, do Corpo de Bombeiros, da Copel, das Polícias Militares do Paraná e de Santa Catarina, todos com veículos e equipamentos, Exposições diversas incluindo a Casa do Caboclo, Playground para as crianças entre outras atividades, Passeio Ciclístico e a famosa Corrida do Fogo, promovida pelos Bombeiros.

É de extrema importância a sua presença e de seus familiares.

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