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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Flores

Hoje eu vi flores diante de mim. Eram três, com lindas pétalas... toquei-as com muita sensibilidade, muito amor, muito carinho... carinho de esposo e pai! Vi que eram flores para mim, um presente de Deus Criador e Pai.

Senti que eu devo cultivar estas flores, devo proteger estas flores... mais que isso: que eu quero que elas nunca percam uma só pétala, porque são perfeitas como foram feitas. Mas ao mesmo tempo percebi que eu também sou uma flor, e que não consigo sair da terra para cuidar das outras flores como eu quereria cuidar. Mesmo assim, estou pertinho delas e posso fazer um pouco por elas, assim como por mim. Uma das coisas que posso fazer é não deixar meus espinhos machucá-las, nem a mim. Outra é dizer para os que nos cercam que ninguém, ninguém tem o direito de macular a perfeição que são.

É engraçado pensar que tem gente que acha que pode atingir outras flores e que está fazendo um bem. Que bem? Pensam que para corrigir o mal podem arrancar da terra flores que não são outra coisa a não ser presentes de amor que, algumas vezes, tristemente nascem do desamor. Mas a tristeza pode se transformar em alegria, pois o desamor só se anula com amor, muito amor!

Depois, na minha visão, vi que além das minhas três flores, perto de mim, havia muitas outras flores. E que todas são lindas, com pétalas perfeitas que precisam ser cuidadas. Que às vezes alguns espinhos machucam umas e outras, mas que as próprias pétalas umas das outras podem curar as feridas se deixarmos que elas se toquem.

Tomara que nossas pétalas se toquem muitas vezes!

Paulo Cesar Starke Junior, março de 2009.

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